Intestino Preso – Prisão de Ventre – Constipação Intestinal

Intestino Preso – Prisão de Ventre – Constipação Intestinal

O que é?
Intestino preso ou prisão de ventre ou constipação intestinal é o ato de defecar trabalhoso e esporádico com fezes muito endurecidas. Cada indivíduo tem seu ritmo intestinal, e considera-se normal, desde três evacuações por dia até uma evacuação a cada três dias. Entretanto, as fezes devem ser feitas sem esforço e ter consistência normal. A prisão de ventre pode afetar todas as idades, sendo mais comum em mulheres e nos limites da vida.

 Ainda veremos:

O que pode causar o intestino preso?
Quais os fatores de risco?
Quais sinais e sintomas?
Quais exames para constipação intestinal?
Como se comprova o diagnóstico?
Pode complicar?
Tem tratamento? Como evolui?

Causas:
– Pouco consumo de líquidos e fibras (mais comum)
– Fatores culturais, emocionais e ambientais
– Gravidez
– Doença de Chagas – megacólon chagásico
– Doenças endócrinas – Hipotireoidismo, diabetes, feocromocitoma, pan-hipopituitarismo.
– Alterações do metabolismo – Cálcio baixo no sangue, amiloidose, uréia alta no sangue.
– Acometimento de nervos e músculos que nasce com o paciente ou adquirido durante a vida – Doença de Hirschsprung, doença de Parkinson, defeitos raquidianos, tabes dorsalis, tumores cerebrais, esclerodermia.
– Doença do ânus causando dor ao evacuar (fissuras, tumores do canal do ânus).
– Doenças que alteram anatomia e função de cólon e reto:

Devido a doenças de cólon e reto (doença diverticular, tumores, estreitamentos de cólon e reto, pressão externa, hérnias )
Lentificação de trânsito em cólon e delgado (síndrome do intestino irritável, inatividade do cólon)
Entupimento a nível da pelve (projeção da parede do sigmóide, projeção da parede do reto, reto fora do seu lugar normal, anismus)
Uso excessivo de laxantes ou catárticos
Medicamentos (anticolinérgicos, opióides, antidepressivos, antiácidos com hidróxido de alumínio)

Aumenta o risco de desenvolver constipação intestinal:
– Idosos
– Rotina de defecação errada
– Inatividade
– Imobilização no leito
– Utilização de muitos medicamentos

Sinais e Sintomas:
– Repetição de evacuações inferior a considerada “normal” pelo paciente e/ou diminuição do volume ou consistência endurecida pelos parâmetros do paciente
– Não ocorre vontade de evacuar
– Dor ao defecar
– Dificuldade de defecar ou impressão de que não esvaziou completamente o intestino
– Impactação de fezes endurecidas no reto
– Mal-estar, na maioria das vezes com sensação de preenchimento na parte inferior do abdome juntamente com evacuação inadequada
– Tenesmo
– Contraditoriamente, diarréia e perda involuntária pelo ânus.
Diagnóstico Diferencial:
Devemos sempre separar constipação intestinal “funcional” da constipação por causa conhecida.
Exames:
– Radiografia de abdome: pode ajudar a avaliar tamanho, gravidade e, às vezes, o motivo da constipação
– Sorologias para Doença de Chagas em pacientes de áreas com casos da doença
– Enema opaco: Permite afastar tumores e estreitamentos
– Cinedefecografia: Pode definir mecanismos de obstipação em casos selecionados
– Manometria anorretal: Permite avaliar esfíncteres e principalmente reflexo inibitório retoanal, que não é encontrado na colopatia chagásica nem no megacólon cogênito
– Tempo de trânsito no cólon: Detecta se há trânsito lento no cólon ou obstrução de saída no reto
– Retossigmoidoscopia: Excluir lesões do organismo
– Colonoscopia: Somente quando há anemia ferropriva ou presença de sangue nas fezes e o exame contrastado não foi esclarecedor
Como se comprova o diagnóstico?
Este é feito através de dados clínicos somados ao exame proctológico e exames de imagem.
Estudos fisiológicos podem ser necessários em casos selecionados.
Complicações:
– Fecaloma
– Megacólon quando a constipação é grave e permanece por muito tempo
– Uso excessivo de laxantes pode promover alterações dos eletrólitos
– Úlcera no reto
– Volvo do sigmóide que é mais encontrado nos casos de megacólon chagásico
Como o paciente deve ser orientado?

Caso não haja obstrução ao fluxo intestinal deve ser ingerida uma quantidade de 20 a 30 gramas de fibra por dia. Fibras solúveis (pectinas, gomas, hemicelulose, flocos de aveia, cevada e legumes) e fibras insolúveis (frutas, vegetais, legumes e cereais integrais)
Tomar 1,5 a 2 litros de água por dia
Praticar atividades físicas (caminhada e natação)
Ir ao banheiro em horários determinados pelo paciente
Corrigir alterações metabólicas e endócrinas
Retirar medicamentos que possam agravar a constipação
Tratamento de desordens orgânicas que tenham a ver com a obstipação

O tratamento cirúrgico só deve ser indicado em casos selecionados:
Ex: Parada de trânsito no cólon, megacólon chagásico, megacólon congênito, retoceles anteriores acima de 3 cm e sigmoidoceles ou enteroceles de 3° grau.
Medicamentos que podem ser usados:
– Expansores da massa fecal: Psyllium, metilcelulose e policarbofil. Dose de acordo com cada paciente
– Lubrificantes intestinais são pouco tolerados
– Laxantes “osmóticos”: Sulfato de magnésio, hidróxido e citrato de magnésio, fosfato e sulfato de sódio; lactulose na dose de 15 a 30 ml, 1 a 2 X ao dia
– Incentivadores do trânsito intestinal: bisacodil, fenolftaleína, antraquinonas, sene e cáscara sagrada. Estes podem promover dependência medicamentosa
– Supositórios emolientes
– Em casos agudos, enema evacuatório para alívio rápido

Evolução:
A constipação esporádica, por curto tempo e que responde a medidas básicas tem bom prognóstico. Já a constipação que persiste, quando não avaliada adequadamente pode provocar sérios danos ao paciente.

Fonte: Rodrigo da Silva Reis Moura – medfoco.com.br

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