Retirada da Vesícula Biliar se torna cada vez mais comum no Brasil

Retirada da Vesícula Biliar se torna cada vez mais comum no Brasil

A explicação é que o brasileiro tem engordado demais, e muita gente faz dietas radicais para perder peso. O resultado é que o corpo não consegue se adaptar a esses exageros.

O número de cirurgias para a retirada da vesícula biliar vem crescendo no Brasil em ritmo acelerado. A cada ano, são duas mil a mais.

A vesícula começa a produzir pedras quando acontece um desequilíbrio entre as substâncias que existem dentro dela. Esse desequilíbrio se dá em várias situações: quando a pessoa engorda demais, emagrece demais ou com o envelhecimento. E ainda: as mulheres têm mais chances do que os homens de formar cálculos na vesícula, por causa das variações dos hormônios.

“Pedras na vesícula é um problema que vem desde a Antiguidade. Agora, certamente a obesidade, com o aumento progressivo que está havendo, é um dos fatores de risco para o aumento das pedras na vesícula”, explica o cirurgião do aparelho digestivo Ivan Cecconello, do Hospital das Clínicas de São Paulo.

A função da vesícula biliar é auxiliar a digestão de alimentos gordurosos. A bile é produzida no fígado e armazenada na vesícula. Quando o alimento chega ao estômago, a vesícula contrai e expulsa mais bile para o duodeno, no começo do intestino delgado.

O cirurgião Ivan Cecconello diz que a grande maioria dos obesos que fazem a cirurgia de redução do estômago tem pedras na vesícula. Os que não tem, quando emagrecem, acabam desenvolvendo cálculos. ”Existe um grande grupo de pacientes que nem sabem que tem pedras na vesícula, porque não tem sintomas”, afirma o médico.

O sintoma da vesícula doente, muitas vezes, é apenas uma azia. “A azia me matava à noite. Eu não podia comer pão no fim da tarde, tomar café, massa de qualidade e nem doce. Tudo me dava uma queimação. Isso era direto”, conta o comerciante Pedro Augusto da Nóbrega.

Seu Pedro retirou a vesícula quase seis anos atrás. Desde então, continua a comer o que sempre comeu, sem sentir nenhum mal estar. “A gente come o que tem e o que gosta. Gosto de mocotó e rabada”, revela o comerciante.

“Seria interessante se nós pudéssemos dizer que tipo de alimentos preveniria a formação de cálculos. Não está determinado um alimento em si ou os alimentos que previnem. Eu diria que o interessante hoje é não ganhar peso”, ressalta o cirurgião do aparelho digestivo Ivan Cecconello, do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Grande parte dos pacientes que têm pedras na vesícula não apresenta sintomas e acaba descobrindo o problema em uma consulta de rotina. Sintomas como azia, dor no lado direito do abdômen e enjoo frequente são indicativos da doença. O diagnóstico definitivo é feito com uma ultrassonografia.

Fonte: g1.globo.com

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